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Acidente na BR-153: empresa clandestina utilizava nome de companhia regular

Acidente na BR-153: empresa clandestina utilizava nome de companhia regular

Queda de ônibus em rio deixou três mortos e reforça os riscos dos serviços alternativos

O transporte clandestino de ageiros fez mais vítimas fatais na manhã desta quinta-feira (19), em Crixás (TO). Três pessoas morreram após um ônibus cair em um rio. O acidente aconteceu na BR-153, no sudoeste do estado. Outros dois ocupantes do veículo ficaram feridos e foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros. Este é mais um caso que chama atenção porque, para atrair a confiança dos viajantes, a empresa pirata utilizava o mesmo nome de uma regular.

As informações são da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de ageiros (Abrati). Ônibus clandestinos, além de operarem fora da legalidade, frequentemente não cumprem os requisitos básicos de segurança. E podem apresentar uma série de problemas, como falta de manutenção adequada, pneus desgastados, ausência de equipamentos de emergência e motoristas sem habilitação ou treinamento apropriado.

Além dos riscos operacionais, há uma preocupação crescente com empresas clandestinas que adotam nomes semelhantes e até iguais aos de empresas regulares, confundindo os ageiros. No caso do acidente desta quinta-feira, a viação irregular que causou a morte das três pessoas tinha a palavra “Liderança” escrita no ônibus. Entretanto, este é o nome de uma operadora autorizada, que não tem relação com o ocorrido.

“Lamentamos profundamente as vidas perdidas e os feridos em mais um trágico acidente envolvendo um transporte clandestino na BR-153. Esse serviço irregular não só representa uma ameaça à segurança de todos, mas também utiliza práticas enganosas, como nomes semelhantes aos de empresas legalizadas, para atrair consumidores desavisados. É fundamental priorizar a segurança e optar por empresas confiáveis”, afirmou a conselheira da Abrati, Leticia Pineschi.

Para a executiva, este caso reforça a importância de os ageiros se certificarem de que estão viajando com empresas regulares, devidamente autorizadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Essa consulta pode ser feita rapidamente pelo site. Basta apenas digitar a placa do veículo.

Também é importante observar o estado de conservação dos ônibus e exigir a emissão de bilhete fiscal. Normalmente, os clandestinos apresentam apenas recibo de pagamento, o que comprova que não há recolhimento de tributos e que as empresas operam irregularmente.

Aldair dos Santos

Formado em Comunicação Empresarial pela Faculdade Pitágoras e Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo (UNITRI), em Uberlândia, o jornalista Aldair dos Santos atua há mais de 20 anos na área de Comunicação e Mídias Digitais.

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